quarta-feira, 30 de junho de 2010

Identidade




As pessoas são o que elas seguem. Os atos e comportamentos nada mais são do que reflexos desse fato. Mas se tem uma coisa que me assusta é o parâmetro estabelecido pelos adolescentes de hoje (estou me sentindo um pouquinho marginalizada,rs) para definir o que é ou não interessante.
Há uma linha tênue entre apologia e admiração. Não vejo mal em promover o que se admira mas que o faça de forma saudável e que o que se admira seja no mínimo plausível.
Os jovens precisam reformular seus conceitos. Precisam definir o que gostam ou não e precisam argumentar diante dessa decisão, seja qual for o assunto.
"O que você tá lendo?" "Não gosto disso." "Porque não gosto."
O que diferencia pessoas inteligentes das demais é a capacidade de argumentar.
Prefiro ter personalidade instável, aberta a mudanças de opinião. Particularmente,acredito que isso é completamente diferente de ser vulnerável.
Seja ouvindo,lendo,conversando ou observando, influências são necessárias, mas cabe a nós filtrá-las e adaptá-las a algo totalmente pessoal : à personalidade.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Metalinguagem.

Não é novidade que virei fã de Fernando Pessoa.Particularmente, Alberto Caeiro é a melhor de suas faces mas Álvaro Campos prende minha atenção tal qual o outro. No fim é mesmo Fernando Pessoa quem encanta-me.
Aprendi a ler aos 4 anos mas não sei quando aprendi a escrever.
Quando li, fui apresentada à porta que me leva aonde eu quiser.
Quando escrevi, ah, fui levada à porta que me leva aonde eu nunca imaginei que poderia ir...até a mim.

Eu não podia deixar de colar Fernando Pessoa aqui, não é? Então aí vai...



"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa"