terça-feira, 28 de setembro de 2010

Malveillance

Poesia- Mayara Melo-Malveillance

As botas da bucaneira
fizeram barulho quando ela entrou
na taberna.
Mas os olhos do marujo sequer
quiseram encontrar os dela.

Prendeu o gosto de pimenta
e o som de uma bossa francesa
em um instante
Bem na hora em que seu espelho
revelava que era amante.

Lançou pois uma moeda no ar
Pois decidira tentar a sorte.
Inútil, a mesma ladina só cria em
destino em caso de morte.
Tomou um gole de bebida forte.

Mordeu o lábio rubro, arqueou
a sobrancelha esquerda...
Decidiu que ela mesma
faria as coisas acontecerem.

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